Foi na década de 90 que o conceito de alimentos orgânicos chegou ao Brasil e em 2003 as leis que regulamentam a produção de orgânicos foi sancionada. De lá para cá, muitos adendos foram inclusos para que essa produção tivesse certificação e fiscalização da maneira adequada. Em 2012 o Brasil era o 2º colocado na produção e orgânicos, perdendo apenas para Austrália que liderava esse ranking.  Esse conceito de comida saudável viralizou muito rápido não só nas terras tupiniquins mas no mundo inteiro. A exemplo disso citamos Nova York, uma das principais cidades do mundo onde o junk food é muito comum, porém o consumo de alimentos orgânicos têm crescido cada vez mais. Isso acontece porque pessoas estão cada vez mais conscientes e preocupadas com os alimentos que ingerem e com os hábitos adquiridos afim de melhorar a qualidade de vida. Procuram se alimentar melhor, beber mais água, praticar mais exercícios e cuidar da mente.

A busca por uma alimentação melhor e mais saudável leva o brasileiro a se perguntar se o alimento orgânico é mesmo melhor, uma vez que comparado com os alimentos convencionais, possui um valor mais elevado. Em São Paulo por exemplo,  existem muitos estabelecimentos que oferecem ao consumidor produtos orgânicos, mas estão em sua maioria localizados nas áreas nobres da cidade, o que encarece ainda mais o produto.
Separamos aqui uma lista sobre as verdades relacionadas aos alimentos orgânicos, confira!

ALIMENTOS ORGÂNICOS SÃO MAIS SAUDÁVEIS
Os alimentos orgânicos possuem, normalmente, 20% a menos teor de água em sua composição, o que favorece a concentração de mais nutrientes. Além disso apresentam maiores níveis de vitamina, como o tomate orgânico por exemplo, com 23% mais de vitamina A.
Entretanto pesquisas realizadas em universidades americanas apontam que o valor nutricional de legumes, verduras e frutas não se difere de forma expressiva, dos alimentos convencionais. Porém a principal vantagem relacionada ao consumo do alimento orgânico é não ingerir os agrotóxicos usados para ajudar no crescimento, acelerar o processo de produção e combater pragas nesses alimentos. Muitas doenças como câncer, artrite, reumatoide, doenças cardiovasculares, entre outras estão relacionadas ao consumo indireto dessas substâncias.

ALIMENTOS ORGÂNICOS SÃO MAIS CAROS
O principal fator que encarece o alimento orgânico é o processo de produção. Por não usar meios convencionais para o combate de pragas, por exemplo, o processo acaba sendo minucioso e recorrendo a mais mão de obra. Alguns locais também aproveitam a procura para aumentar a oferta.
 
ALIMENTOS ORGÂNICOS AJUDAM O MEIO AMBIENTE
Na produção dos produtos orgânicos, muitos utilizam o processo de compostagem, adubo verde e fazem o manuseio orgânico do solo, o que não agride o meio ambiente. Além disso, o fato de não utilizar pesticidas e aditivos químicos protege a fauna local, sem desequilibrar a vida, trazendo mais qualidade biológica para o meio ambiente.

ALIMENTOS ORGÂNICOS SÃO RASTREADOS
Essa é uma exigência das certificadoras, que fazem todo o DNA do produto, exibindo as informações de local de origem, lavoura e tratos culturais aplicados ao produto. Lembre-se de checar se o produto orgânico que você está comprando possui o selo comprobatório. Engana-se quem pensa que ao comprar legumes, verduras, frutas, ovos e carnes em feiras ao invés de mercados, por exemplo, está comprando produto orgânico. Todos os produtos devem conter o selo e serem adquiridos de produtores rurais orgânicos, direta ou indiretamente.

ALIMENTOS ORGÂNICOS  TEM DIFERENÇAS ESTÉTICAS.
Por não conter aditivos químicos que ajudam no crescimento e na conservação dos produtos, por exemplo, eles são menores, tem cascas e aparências menos uniformes e duram menos que os produtos convencionais. Porém há quem diga que são mais saborosos, de forma sutil, mas garantem que há diferença no sabor.
Lembre-se sempre de lavar os alimentos, orgânicos ou não, todos precisam ser lavados.

Optar pelos alimentos e insumos que não passam por processos industriais que agridem o meio ambiente é uma opção individual. Requer pesquisa, adaptação e muita força de vontade.  Buscar mais benefícios ao organismo ou ajudar a prevenir doenças pode ser uma boa motivação para quem quer mudar o estilo de vida.

Fonte: agricultura.gov / Folha de São Paulo / Estadão
 
 
 

Por: Mariana Gouveia